Editora:Nova Fronteira
Autor: Luiz Eduardo Soares; e Rodrigo Pimentel; e Cláudio Ferraz; e André Batista
Assunto:Literatura brasileira
Ano: 2010
Sinopse: É uma obra de ficção baseada
em fatos atuais sobre o crime organizado no Rio de Janeiro. Escrito pelo
antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares - uma das maiores
autoridades em segurança pública no Brasil - ao lado de três co-autores que
conviveram de perto com a violência na cidade, é a continuação da obra que,
lançada em 2006, foi um grande sucesso ao apresentar aos leitores, sob o ponto
de vista da polícia, os detalhes das nossas selvagens guerrilhas urbanas.
Agora, Elite da Tropa 2 mostra,
por meio de uma narrativa fluída e reveladora, os bastidores das verdadeiras
máfias brasileiras: as milícias. São histórias verdadeiras e fictícias - cabe
ao leitor aplicar os adjetivos a cada episódio e personagem.
Crítica: Milícia, é como começa a história do livro que deu
origem ao filme mais popular brasileiro. O narrador é um Policial Civil fora de
combate.Ele posta tudo que pensa a respeito dos milicianos,política...etc. em
seu twitter para seus poucos seguidores. Porque ele está fora de combate? A
amigo,assistir apenas o filme não vai te dizer muita coisa não, vai ler...é a
melhor coisa . Mesmo que você não curta o livro porque você queria um Capitão
Nascimento e não um policial Civil qualquer eu recomendo que leia o livro se
você quiser saber mais a respeito da milícia.A história é diferente,mas é tão
boa quanto, você acaba virando um agente da “DRACO” (Delegacia De Repressão ao
Crime Organizado) , as investigações são as melhores.
Relação ao BOPE só no final do livro que é as memórias do Capitão
Lima Neto ( O famoso C.Nascimento)
Se você é daquelas pessoas que queriam o livro para ver tudo
sobre a ação do BOPE,nem toque,nem compre e desista de ver a resenha,porque 90%
da trama não envolve o BOPE (:
E outra,só as memórias dele já é boa o suficiente para você querer tanto ler o livro *-*.
Porque querer tanto o livro: No começo não estava
interessada na história,mas além da super promoção que meu namorado conseguiu
comprar eu queria uma capa de livro com o Wagner Moura para a minha linda
estante, daí que folheei o livro e fiquei muito “fula da vida” quando vi como
os policiais eram corruptos,daí que de um capítulo foi dois e ai que acabei me
apegando ao livro,estória,personagens ...torcia para que uns fossem presos
logo,que a trama que os policiais da DRACO desse certo, e acabei lendo todo o
conteúdo e adorando. Deixei o filme de lado para da uma chance ao livro que
também é muito bom (dizendo mais uma vez) com certeza quem tem esse livro na
estante e abandonou ele, cometeu o maior erro da vida. (:
Filme: Adorei o filme com certeza. Eles misturam a milícia que é o fator principal do livro, com a vida do Capitão Nascimento que é o fator principal do filme.
Ator Principal: Quem nunca quis (Mulher) ir ao cinema ver seu galã favorito mesmo sendo em um filme de violência? O galã que atua super bem,é um ótimo Capitão/Coronel . Pois é , Wagner Moura aumentou seus fãs depois de Tropa de Elite, e o público feminino adorou, pelo menos 70% dele. Já o público masculino se interessou com a trama do filme que também é muito “foda”. Adoro filmes e Tropa de Elite ta como um dos melhores na lista de filmes Nacionais.
Trecho do capítulo 20 do Elite da tropa 2.
O
sucesso do filme e a redenção de Lima Neto - cap: XX
Eu
disse que o extenso relato de Marcelo Freitas esclareceria muitas coisas e
começaria a criar condições para que sua situação angustiante fosse entendida. Entretanto,
sozinha ela não basta. Falta relatar os acontecimentos dos últimos meses,que
deslocaram o capitão Lima Neto para o centro do palco e terminaram por provocar
a situação sem saída em que Marcelo se encontra.Eu prometi que daria ao leitor
a mesma oportunidade que Marcelo me dera de conhecê-lo melhor e contextualizar
os últimos atos de sua história. Ele pediu que eu o ouvisse contar sobre o que
lhe havia acontecido muito antes de lhe passar pela cabeça a idéia de
candidatar-se a deputado estadual. Com essa autorização, a transcrevi. O leitor
pôde lê-la também. Agora, tenho certeza de que vai ser muito mais fácil compartilhar
o que descobri. Vamos deixar Marcelo um pouco de lado, enquanto focalizamos o
outro personagem da trama, Lima Neto. Se queremos compreender a angústia do
deputado, devemos dirigir nossa atenção ao policial do BOPE que salvara a vida
de Marcelo.
Mais
ou menos na metade do percurso da CPI, um filme tornou-se a conversa da cidade.
Mais: o assunto do país. Chamava-se Tropa de Elite e era protagonizado e
narrado por um policial do BOPE, o capitão Nascimento,representado pelo ator
Wagner Moura, num desempenho extraordinário, que encantou platéias de cinéfilos
e arrebatou audiências que nunca foram ao cinema. Quem não conhece a história
que vou contar deve estar imaginando que errei no tempo do verbo: em vez de “nunca
foram ao cinema”, deveria ter escrito “nunca tinham ido”, uma vez que o filme
que as seduzira as teria levado, enfim, a descobrir o prazer de entrar numa
sala de cinema. Não, eu não errei. O tempo do verbo está correto. Muita gente,
muita gente mesmo – segundo pesquisas, cerca de 15 milhões de pessoas viram o
filme, mas só 2,5 milhões em salas de cinema –, assistiu a DVDs pirata, antes
mesmo da estréia. Quem não estava no Brasil na época, particularmente no Rio, não
tem noção do que foi o sucesso do filme. Mais do que êxito de público, Tropa de
Elite virou fenômeno, desses que não se prevêem e dificilmente se explicam. O
que teria provocado uma reação assim, ecumênica, sensibilizando as platéias mais
diferentes, ricos e pobres, jovens e idosos, homens e mulheres? O roteiro de
Bráulio Montalvani, em parceria com Rodrigo Pimentel? A direção de José
Padilha, premiado,antes, em festivais do mundo inteiro como documentarista? A
câmera de Lula Carvalho? A performance de Wagner Moura e dos outros ótimos
atores?A edição do filme, assinada por Daniel Rezende? Impossível isolar numa
obra a contribuição de cada uma de suas partes.De modo, acho que continua sendo
um mistério o impacto causado pelo tropa. Provocou muita polêmicas, porque
vários críticos enxergaram apologia da violência policial, encarnada pelo
herói, Nascimento. Alguns justificavam a interpretação negativa que faziam
relatando casos em que a platéia, no cinema, aplaudia cenas em que o capitão
agia com brutalidade, torturava e executava traficantes. Outros defendiam o
filme, com o argumento de que exibir um personagem, inclusive seu mundo
interior, e mostrar a realidade tal ele via, não era o mesmo que aderir a essa visão
ou aos valores do personagem.Até porque o capitão Nascimento era construído
como um homem angustiado,infeliz,descrente do que fazia e incapaz de resolver o
problema da segurança pública, que se multiplica enquanto ele lutava a sua
guerra inútil e sórdida.
Para a grande massa, esse debate
não interessava. O que realmente interessava, fascinava, emocionava e envolvia
era o filme. Por isso, não era incomum que as pessoas assistissem várias vezes,
divertindo-se sempre. Os personagens, as piadas, o vocabulário, tudo foi
absorvido pela população. Passou a ser natural ouvir, no ônibus, trens e
metrôs, nas feiras e super-mercados, e até no Maracanã, falas do filme e
refrões que os personagens repetem em certas situações da trama. E não era
preciso explicar. Todos sabiam do que se estavam falando. Qual era a fonte.
Quais os significados. O filme foi canibalizado pela cultura popular. Não
pertence mais aos roteiristas, ao diretor e aos atores. É do povo, como a praça
Castro Alves – tanto quanto o céu é do avião.
Pág:235/236
Nota:
Fiquei sabendo do livro depois de ver o filme :@.
ResponderExcluirGostei da avaliação, ficou bem expressiva! :D
http://tudodoslivros.blogspot.com/
Obrigada!
ExcluirAh eu também (sobre quando lançou o primeiro livro que tinha o 1 livro) dai imaginei que teria o seg livroo tbm, mas aqui na cidade só começava a vender quando o filme era lançado nos cines, e eu nao tinha costume de comprar pela web... mas ainda assim valeu a pena (: